Wesley Safadão reflete após burnout: “Não somos máquinas” Crédito: Vagalume Foto: Reprodução.
O cantor Wesley Safadão refletiu sobre os ajustes que precisou fazer em sua vida para priorizar a saúde mental e bem-estar. Em 2023, ele surpreendeu os fãs ao anunciar uma pausa na carreira devido às exaustivas demandas de trabalho, retomando os shows algumas semanas depois, mas adotando um ritmo mais moderado.
Durante este período de reestruturação, ele aproveitou para fortalecer os laços com sua família e focar em projetos como o Garota VIP, Garota White, TBT do Safadão, Arrocha do Safadão e o Bloco Vai Safadão. Segundo o artista, 2024 foi um ano de desaceleração na agenda de shows, porém com trabalho intenso na criação de novos projetos, que já estão programados para serem lançados em 2025.
“Foi um ano para dar uma desacelerada, para curtir mais a família, mas também para poder começar a colocar novos projetos em prática. Então, em 2025, vamos começar o ano com muitos projetos que foram preparados em 2024. Foi só uma desacelerada em relação à quantidade de shows, mas não em quantidade de trabalho”, afirmou.
Pai de três filhos, Wesley Safadão explicou que sua relação com a carreira começou a mudar gradualmente, especialmente após o nascimento das crianças. Uma das alterações implementadas foi a antecipação dos horários dos shows aos domingos para mais cedo, permitindo assim que ele retornasse para casa e pudesse levar os filhos à escola na segunda-feira.
No entanto, um momento crucial para essa transformação aconteceu quando o cantor enfrentou episódios de ansiedade e burnout em setembro de 2024, um período que descreveu como extremamente desafiador. “Tive o meu problema de ansiedade, meu burnout, esgotamento mental. Até compartilho com poucas pessoas isso, principalmente com o pessoal da minha família. Acho que tive duas semanas bem ruins mesmo, que nunca imaginei viver na vida”, relembrou.
Anteriormente, o cantor acreditava que poderia lidar com qualquer desafio ou pressão vindos da carreira. “Dizia: ‘Manda que aguento e suporto’. Mas não somos máquinas. Não me arrependo, todo esforço que tenho até hoje foi necessário para construir (o que tenho). Ninguém consegue dormindo. Se você pegar pessoas bem-sucedidas, elas tiveram um preço a ser pago. Também paguei o meu preço”, refletiu.
Para superar a crise, ele precisou mudar suas crenças sobre saúde mental, deixando de lado preconceitos e iniciando tratamentos com terapia e apoio psiquiátrico.
“Depois disso, com a ajuda da terapia, psiquiatra e tudo, comecei a entender alguns pontos que precisavam ser ajustados. Acho que 15 dias depois já comecei a me sentir super bem e foi muito bom, positivo, para poder ajustar algumas coisas que não estava conseguindo enxergar naquele momento”, concluiu.